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Economia

Produção industrial cresce em 6 de 15 locais pesquisados pelo IBGE

Pernambuco registrou o crescimento mais acentuado, de 31,3%
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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
11/06/2025 - 12:45
Rio de Janeiro
FILE PHOTO: General Motors assembly workers connect a battery pack underneath a partially assembled 2018 Chevrolet Bolt EV vehicle on the assembly line at Orion Assembly in Lake Orion, Michigan, U.S., March 19, 2018.   REUTERS/Rebecca Cook/File Photo
© REUTERS/Rebecca Cook/Proibida reprodução

A produção industrial avançou, na agem de março para abril, em seis dos 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal Regional, do IBGE. Os dados divulgados nesta quarta-feira (11) apontam que Pernambuco registrou o crescimento mais acentuado, de 31,3%. A taxa foi também a maior da série histórica do estudo.

A região Nordeste, que é pesquisada de forma conjunta pelo IBGE, apresentou um avanço de 7,2% na produção. Isoladamente, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também tiveram taxas positivas. O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, observou que, apesar de abril ter sido o quarto mês consecutivo de crescimento, a produção brasileira desacelerou em relação ao mês anterior.

Segundo ele, os fatores que mais impactaram nesse comportamento foram a taxa de juros elevada, que acaba influenciando no adiamento de decisões de consumo, a aceleração da inflação e a renda disponível das famílias. Ele assinalou ainda a queda nos investimentos e o encarecimento do crédito, além de um cenário de incertezas no mercado doméstico e internacional, como pontos negativos para a produção nacional.

Sobre o avanço da indústria pernambucana, Almeida destacou que a influência veio do retorno à produção de algumas unidades que estavam paralisadas e dos setores de derivados de petróleo, de veículos automotores e de produtos químicos. Já São Paulo, estado de maior peso na indústria brasileira, registrou a principal influência negativa do país, com queda de 1,7% em abril na comparação com março.

Para o analista, a taxa negativa da indústria paulista foi influenciada pela queda na produção nos setores extrativo e de produtos químicos e farmacêuticos. Na comparação com abril do ano ado, 11 dos 18 locais pesquisados registraram variação negativa de 0,3%.

No acumulado em 12 meses, o avanço de 2,4% do setor industrial foi acompanhado por 12 das 18 localidades.

 

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